Explorando a Metabolômica na Compreensão do Câncer de Mama: Uma Nova Fronteira na Pesquisa

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Dispositivo portátil de _pré-triagem_ de câncer de mama

A pesquisa sobre câncer de mama tem avançado consideravelmente ao longo dos anos, mas ainda há uma lacuna significativa em nossa compreensão da doença. Em um estudo recente publicado no Journal of Clinical Oncology, os autores destacam que apenas cerca de 5 a 10% dos casos de câncer de mama são atribuíveis a fatores hereditários e genéticos, enquanto mais de 50% não têm uma causa conhecida.

É aqui que a metabolômica entra em cena.

Definida como o estudo das pequenas moléculas, ou metabolitos, dentro das células, biofluidos, tecidos e organismos, a metabolômica oferece uma oportunidade emocionante de preencher essa lacuna. Sabina Rinaldi, PhD, da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer em Lyon, França, e seus colegas argumentam que a análise metabolômica pode ser uma ferramenta crucial na identificação de novos fatores de risco e mecanismos relacionados ao desenvolvimento do câncer de mama.

Estudos prospectivos

Revisados pelos autores, os aminoácidos surgem como uma área de interesse particular. Diversos aminoácidos, como leucina, valina, lisina, arginina e outros, mostraram associações com o risco de câncer de mama anos antes do diagnóstico. Essas descobertas sugerem que mudanças no metabolismo global de aminoácidos podem criar um ambiente favorável para o desenvolvimento futuro do tumor.


Além dos aminoácidos, os lipídios também têm sido objeto de investigação. Classes específicas de lipídios, como glicerofosfolipídios colina e etanolamina, demonstraram associações inversas com o risco de câncer de mama, enquanto as acilcarnitinas também parecem desempenhar um papel importante, embora os resultados ainda não sejam consistentes.


Entretanto, apesar do potencial promissor da metabolômica, há desafios a serem superados antes que suas descobertas possam ser traduzidas em aplicações clínicas e recomendações de saúde pública. São necessários estudos com amostras maiores e informações precisas sobre o estado da menopausa, subtipos de câncer de mama e amostras repetidas.

O desenvolvimento de ensaios específicos direcionados às novas moléculas de interesse é essencial para replicar os resultados e quantificar associações.


Em suma, a metabolômica representa uma nova fronteira na pesquisa do câncer de mama. Com mais estudos e avanços tecnológicos, podemos estar mais perto de compreender completamente essa doença complexa e, eventualmente, melhorar sua prevenção, diagnóstico e tratamento.

Referência da Fonte: www.medpagetoday.com

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