A trombofilia gestacional é um tema que gera muitas dúvidas e, infelizmente, ainda não recebe a atenção que merece. Você sabia que essa condição pode aumentar significativamente o risco de complicações durante a gravidez, incluindo abortos espontâneos e problemas na circulação placentária?
A boa notícia é que, com os avanços na medicina, os protocolos de tratamento estão cada vez mais eficazes, permitindo que muitas mulheres tenham uma gestação segura, mesmo com o diagnóstico de trombofilia.
Se você quer entender melhor os sintomas, exames necessários, riscos e as últimas atualizações no tratamento, este artigo é para você. Continue lendo e descubra como cuidar da sua saúde e garantir o melhor para o seu bebê.
A trombofilia gestacional pode parecer um diagnóstico assustador, mas entender o que isso significa é o primeiro passo para lidar com a condição de forma segura. Estima-se que cerca de 10% das mulheres que sofrem abortos recorrentes possam ter algum tipo de trombofilia, tornando esse um fator crucial a ser investigado em gestações de risco.
O que exatamente é a trombofilia? Trata-se de uma predisposição do organismo a formar coágulos sanguíneos de maneira anormal, o que pode comprometer a circulação materno-fetal e levar a complicações como tromboses venosas, restrição de crescimento fetal e até mesmo aborto espontâneo.
Ao longo dos anos, a medicina tem evoluído na compreensão dessa condição, permitindo que gestantes diagnosticadas recebam um tratamento adequado para reduzir os riscos e garantir um parto seguro. A seguir, você vai descobrir quais são os sinais de alerta, como confirmar o diagnóstico e os tratamentos mais indicados para essa condição.
O que é trombofilia gestacional e quais os sintomas?
A trombofilia gestacional é uma condição caracterizada por uma maior tendência do sangue a coagular, podendo levar a complicações sérias durante a gravidez. Ela pode ser hereditária ou adquirida, e muitas vezes passa despercebida até que uma gestação ou um evento trombótico chame a atenção para o problema.
Os principais sintomas podem variar, mas em geral incluem:
- Inchaço incomum em pernas e pés, que pode estar acompanhado de dor ou sensação de peso.
- Falta de ar súbita, indicando possíveis complicações como embolia pulmonar.
- Desconforto torácico que piora ao respirar profundamente.
- Abortos de repetição ou histórico de pré-eclâmpsia severa em gestações anteriores.
Além disso, muitas mulheres assintomáticas descobrem a condição apenas ao realizar exames específicos durante o pré-natal.

Diagnóstico e exames essenciais para detectar trombofilia na gravidez
Diante de suspeitas clínicas ou histórico familiar, o médico pode solicitar uma investigação detalhada para confirmar a presença da trombofilia. Os exames mais comuns incluem:
- Hemograma completo – para avaliar possíveis alterações na coagulação.
- Dímero-D – marcador de atividade trombótica.
- Mutação do fator V de Leiden e mutação da protrombina – indicam predisposição genética.
- Anticorpos antifosfolípides – usados para diagnosticar a síndrome antifosfolípide (SAF), uma das trombofilias adquiridas mais perigosas na gravidez.
O diagnóstico precoce é fundamental para traçar uma estratégia de tratamento e evitar riscos tanto para a mãe quanto para o bebê.
Tratamento e cuidados essenciais para gestantes com trombofilia
O tratamento da trombofilia gestacional depende do tipo e da gravidade da condição. Em geral, ele pode incluir:
- Uso de anticoagulantes como heparina de baixo peso molecular, que ajuda a prevenir a formação de coágulos e melhora a circulação placentária.
- Acompanhamento pré-natal rigoroso, com ultrassonografias frequentes para monitorar o crescimento do bebê e a saúde da placenta.
- Mudanças no estilo de vida, como manter uma alimentação equilibrada, evitar o sedentarismo e hidratar-se adequadamente.
Muitas gestantes com trombofilia conseguem ter uma gravidez segura e um parto saudável com o tratamento adequado. O repouso absoluto nem sempre é necessário, mas cada caso deve ser avaliado individualmente pelo médico.